50 Tons de Fugitivos - 4 Capítulo


NO CAPÍTULO ANTERIOR...


 -Eu não posso ser preso. – Eu gritei bruscamente.
 -Para de ser “marrento” e vem com a gente seu pilantra. – Eles disseram me puxando para fora do quarto.Ao terminar de me vestir me joguei pela janela...

-Martina... – O médico me disse olhando fixadamente nos olhos e balançando a cabeça...
 -O que foi doutor? – Meus olhos se banharam em lágrimas.
 -Seu filho... Seu filho não está mais aí dentro de você. – Ele disse da forma mais clara e sincera que meu filho foi abortado após morrer dentro de mim.

 -Jorge, volta aqui, eu ouvi ele gritar enquanto eu estava do lado de fora da prisão tentando fugir.
   Eu não disse nada, apenas olhei para a janela e mostrei o dedo do meio.
 -Tenho que fugir, e encontrar Martina o mais rápido possível. – Eu disse para mim mesmo.



-POR MERCEDES

    Ao vê-los correndo atrás de mim, me enfiei em um pequenos vão entre duas casa e fiquei alí por mais ou menos 5 minutos esperando eles passarem sem que eu fosse percebida, eu quase não conseguia respirar naquele lugar estreito e fedorento, eu tirei minha cabeça para fora lentamente olhando para ver se eles já tinham sumido e por fim tirei meu corpo e saí correndo novamente para minha casa...
    Ao chegar em casa me deparei com minha mãe na porta...
-Oi mãe... - Eu disse olhando nos olhos dela, sentindo uma gota de suor descer pelo meu rosto.
-Eu preciso falar com você. - Ela disse séria.
-O que foi?  Mãe, eu sei que fui errada, eu não sei o que aconteceu comigo, o meu desejo aquele dia foi simplesmente matar Pablo e nada mais, e foi o que eu fiz, não sabia que aquilo poderia causar isso hoje. - Eu disse respirando rapidamente falhando em algumas palavras...
-Filha eu sei que quando alguém nos deixa sem nenhuma explicação, ficamos arrasados, porém as coisas não se resolvem dessa maneira, eu te amo muito e não gostaria de te ver presa ou sendo uma fugitiva qualquer como outros criminosos.
-Obrigada mãe, mas já está feito e eu estou fugindo tentando ficar livre, mas vai ser impossível.
-Mas eu vou te ajudar filha fique calma, agora vai se deitar que amanhã teremos muitas coisas para resolver!
-Obrigada mãe. - Eu disse abraçando-a muito forte...

-POR JORGE.

-Para onde eu vou agora? - Perguntei para eu mesmo.- Moço. - Eu gritei ao ver um homem passar perto de onde eu estava.
-Oi? Em que posso ajudar meu jovem? - Ele disse muito gentil.
-Onde fica o aeroporto internacional de Buenos Aires? - Eu perguntei olhando para frente.
   Ele me explicou como chegar lá, porém era muito longe e eu não tinha nada para ir de ônibus, não sabia o que fazer, então saí caminhando sem rumo tentando encontrar o aeroporto e encontrar Martina...

-POR JEREMY.

- Você tem medo de chuva e de ônibus lotado? - Eu disse olhando nos olhos brilhantes de Martina ao sairmos do hospital.
-Não sei, nunca peguei ônibus lotado lá em Buenos Aires. - Ela disse com toda a inocência do Mundo.
-Está preparada para enfrentar isso hoje? - Eu perguntei sorrindo ao abraçar Martina pela cintura.
-Não sei. - Ela sorriu, tentando disfarçar o medo. - Mas como você sabe disso? - Ela perguntou.
-Olha... - Eu apontei para o céu que estava escuro e com alguns raios anunciando a chegada da forte chuva em São Paulo.
-Eu estou com medo. - Ela disse sorrindo novamente tentando esconder a preocupação.
-Não tem um por que, pois estou com você.. - Eu disse dando um leve sorriso para Martina. Foi quando percebi que um pequeno pingo de chuva caiu sobre o olho de Martina, fazendo-a coçar os olhos rapidamente.
-A chuva vai começar, vamos correr. - Ela disse.
-Vamos! - Eu disse segurando a mão de Martina tentando ajudá-la a correr mais rápido.
-Corre. - Ela gritou dando gargalhadas ao ver que a chuva piorava a cada passo que dávamos.
-Está gostando do seu primeiro dia em São Paulo? A verdadeira São Paula. - Eu disse parando de correr.
-Olha... - Ela respirou fundo! - Está meio molhado, apenas isso. - Ela disse dando gargalhadas.
-Corre, corre. - Eu gritei, o ônibus está chegando... - Eu disse agarrando novamente a mão de Martina e saindo correndo com ela. - Está lotado. - Eu disse passando a mão no rosto.
-E agora? - Ela disse desanimada.
-Gosta de desafios? - Eu disse.
-Não sei. - Ela sorriu novamente.


AUTOR: Gabriel de Souza Santos.

50 Tons de Fugitivos - 3 Capítulo


NO CAPÍTULO ANTERIOR...
 -Boa sorte Martina, estarei te esperando. – Jeremy gritou. Eu não sabia realmente quais eram as intenções dele, mas ele parecia estar preocupado comigo. Eu sai do quarto olhando os olhos dele que pareciam demonstrar grande preocupação.

 -Sopa, de novo? – Eu hesitei sem pensar nas consequências.


 -Sim, por quê? – Respondi com outra pergunta.
 -Você está preso, eles disseram sacando uma arma, e apontando para mim.





-POR GERMÁN

-Eu não posso ser preso. – Eu gritei bruscamente.
-Para de ser “marrento” e vem com a gente seu pilantra. – Eles disseram me puxando para fora do quarto.
-Espera, deixe-me colocar pelo menos uma roupa. – Eu gritei, eles me soltaram e eu fui em direção ao guarda-roupas que ficava ao lado da janela, e quando estava próximo, vesti minha camisa que estava em cima da cadeira e peguei uma bermuda que estava dentro do guarda-roupas. Ao terminar de me vestir me joguei pela janela...

POR MARTINA.

-E aí doutor, está tudo bem com meu filho? Ou eu perdi realmente? – EU disse com medo da resposta que eles poderiam me dar.
-Martina... – O médico me disse olhando fixadamente nos olhos e balançando a cabeça...
-O que foi doutor? – Meus olhos se banharam em lágrimas.
-Seu filho... Seu filho não está mais aí dentro de você. – Ele disse da forma mais clara e sincera que meu filho foi abortado após morrer dentro de mim.
-Não doutor não pode ser, não pode... – Eu gritei na maca. – EU quero meu filho. – Os médicos vieram para cima de mim, tentando me controlar, eu retirei a touca da cabeça e comecei a me debater dentro do quarto parecendo uma louca, eu não sabia o que fazer...
-Martina fica calma, fica calma. – O médico disse tentando me controlar.
-EU não posso ficar calma. – Eu gritei, ao ver Jeremy vindo em minha direção..
-Martina. – Ele disse suavemente, me abraçando.
-Jeremy, meu filho... – Eu disse tentando controlar minha raiva no calor dos braços dele.
-Martina, isso não é o fim, você poderá ter mais filhos, você poderá viver, você poderá tudo... Fique calma. – Ele disse me fazendo parar de chorar.
- Jeremy... – Eu disse soluçando. – Obrigado. – EU disse enquanto Jeremy secava minhas lágrimas...
-Vamos embora? – Ele me perguntou.
-Não tenho para onde ir Jeremy, não sei o que estou fazendo aqui.
-Por isso, venha morar comigo e minhas irmãs...
-Sério? – Eu disse sorrindo.
-Sério. – Jeremy me deu um beijo na testa, o mais quente e sincero que já recebi em toda minha vida.
...
POR JORGE.

-Eu.. vou... sair.. daqui. – Eu dizia tentando quebrar a janela da minha cela, enquanto todos dormiam.
-Onde você pensa que vai? – O supervisor do presidio disse me vendo quebrar o vidro.
-Eu vou fugir. – Eu disse pulando pela janela que me fez abrir alguns cotes na minha barriga por causa do vidro.
-Jorge, volta aqui, eu ouvi ele gritar enquanto eu estava do lado de fora da prisão tentando fugir.
   Eu não disse nada, apenas olhei para a janela e mostrei o dedo do meio.
-Tenho que fugir, e encontrar Martina o mais rápido possível. – Eu disse para mim mesmo.



AUTOR: Gabriel de Souza Santos

50 Tons de Fugitivos - 2 Capítulo


NO CAPÍTULO ANTERIOR...

-Alô? Jorge? Essa é 40° ligação que eu estou fazendo para você, por que você não me atende? Espero que esteja tudo bem, te amo. – Martina falava baixinho olhando uma gota de chuva escorrer pelo vidro do avião, que estava prestes a fazer o pouco em São Paulo.
...
 -Como assim? Eu disse chorando. Meu filho? Eu perdi meu filho? Não pode ser!
...
 -Oi, acho que já encontrei a garota que matou o Pablo Espinosa, que foi encontrado morto em frente da própria casa. – Aquele cara misterioso dizia em seu NEXTEL, e logo saiu correndo atrás de Mercedes...





POR MARTINA

-Quem é você? – Eu fui logo perguntando, querendo saber o motivo da perseguição daquele garoto.
-Desculpa, ainda não tivemos tempo para conversar. – Ele me disse com a voz suave. – Sou Jeremyas, mas pode me chamar de Jeremy, eu trouxe você até aqui quando você caiu do avião.
-Como? Eu caí do avião? – Eu perguntei tentando lembrar o que havia acontecido horas atrás.
-Sim, você caiu do avião, antes de descer as escadas, e eu te trouxe até aqui, espero ter ajudado.
-Claro que você ajudou! – Eu disse abraçando Jeremy muito forte, sentindo o calor do corpo dele aquecendo meus braços gelados.
-Martina vamos, o tempo não espera ninguém precisamos ver se está tudo bem! – O médico me disse levando-me para a sala de cirurgia.
-Boa sorte Martina, estarei te esperando. – Jeremy gritou. Eu não sabia realmente quais eram as intenções dele, mas ele parecia estar preocupado comigo. Eu sai do quarto olhando os olhos dele que pareciam demonstrar grande preocupação.
-Eu ficarei bem. – Pensei comigo mesma.

-POR JORGE

-Aqui esta sua comida! – Um homem mal humorado jogou minha marmita na cela da prisão.
-Sopa, de novo? – Eu hesitei sem pensar nas consequências.
-Sim, qual o problema? Se não quiser pode deixar aí do lado que de madrugada os ratos come tudo isso aí, pelo menos eles gostam.
Sem pensar duas vezes me levantei do chão e corri para pegar aquela coisa gosmenta para comer.      De raiva comecei a chorar, ao me ver naquela situação, eu precisava fugir, e pra bem longe, onde não pudessem me encontrar, nunca mais.

-POR MERCEDES.

-Boa tarde, quantos que custa, para você me levar daqui até o centro de Buenos Aires? – Eu disse da janela do taxi.
-20 pesos*. – Ele disse firme com a voz rouca.
-OK, você pode me levar? – Eu disse colocando o cabelo atrás da orelha e enrolando as pontas que sobraram.
- Sim, entra aí. Qual o endereço?
-Rua Juan Pablo, número 382. – Eu disse olhando ao redor do carro, depois que entrei nele.
   Percebi alguns policiais correndo em direção ao taxi, mas não dei a mínima, nem me toquei que havia cometido um crime, matado Pablo, isso é, se ele tinha sido mesmo morto naquele dia...
ALGUNS DIAS ANTES...
-Pablo, eu quero falar com você, tem um minuto? - Eu disse aproximando-se da porta de Pablo.
-Pode falar Mercedes. - Ele disse colocando a mão direita no bolso de sua calça.
-Eu sei que fui uma idiota, por ter te julgado, mas eu queria te pedir desculpas por tudo e eu gostaria de ser sua amiga. - Jorge me olhou assustado, e um pouco curioso para saber o que escondia em minha mão atrás das costas. - Posso te dar um abraço? - Eu perguntei com um sorriso lindo.
       -Claro. - Jorge disse me abraçando. E logo os olhos dele, foram ficando arregalados, as pupilas dele se dilatou, e eu senti o sangue quente dele escorrer pelas minhas mãos, eu fiquei muito assustada, mas senti uma coisa maravilhosa se saciar dentro de mim, e logo saí correndo limpando minhas mãos e a faca que utilizei.

-O que eu faço agora meu Deus? – Eu disse pra mim mesma correndo desesperada.
-Tenho que fugir, pra bem longe, mas para onde eu vou? O que meus pais vão pensar. – Eu disse chorando passando as mãos ainda machadas de sangue em meu rosto. Meu celular toca.
-Oi pai!? – Eu disse demonstrando preocupação.
-Mercedes onde você está? – Ele disse gritando ao telefone;
-Já estou chegando, não se preocupe, em cinco minutos estou aí. – Eu disse desligando o celular, para que meu pai não dissesse mais nada.
-O que o que eu faço? – Eu me perguntei, ao me ver perdida, e sem saída diante de uma cidade que eu morei a tantos anos...

HOJE...
Mercedes::
-Pare o taxi, pare o taxi, os homens que estavam correndo disseram ao ver o taxista que ia me levar ao centro ligar o carro.
-O que houve? – Ele perguntou.
-Você está com uma criminosa! – Eles disseram apontando a arma para o meu rosto através da janela do motorista.

-POR GERMÁN.
-Boa noite, gostaria de reclamar sore a comida que trouxeram para eu comer. – Germán disse deitado com uma moça loira sobre seus braço, ele estava apenas de cueca e a moça vestia apenas um sutiã de bojo e uma calcinha de renda.
-Senhor Germán nos desculpe iremos trocar sua comida imediatamente.
-O que ela disse? – Melissa disse beijando minha boca.
-Ela me obedeceu, irá trocar a comida. Como sempre. – Eu disse rindo. Até quebateram na porta. – Deve ser eles com a comida. – Eu disse levantando da cama. Atendi a porta de cueca mesmo, aliás que mal aquilo ia fazer? Ao abrir a porta me deparei com três homens.
-Em que posso ajudar? – Perguntei, com dúvidas estampadas em meu rosto.
-O senhor se chama Germán? – Eles perguntaram.
-Sim, por quê? – Respondi com outra pergunta.
-Você está preso, eles disseram sacando uma arma, e apontando para mim.

(*Pesos - Moeda da Argentina)



AUTOR: Gabriel de Souza Santos.

50 tons de fugitivos - 1 capitulo


NA TEMPORADA ANTERIOR DE 50 TONS...

      -Sim, vamos, antes que seja tarde. - Nós saímos correndo pela sala, e quando estávamos próximo a porta, eu escorreguei em um liquido, e machuquei o joelho, mas Jorge me levantou e continuamos, até a rua.
      -Vem Martina corre. - Jorge me disse puxando.
      -Onde vocês pensam que vão? - Uma voz nos impediu de continuar.
  Jorge e eu olhamos por cima do ombro e vimos, meu pai, e uma mulher que para mim não era muito estranha, até que as memórias vieram a tona, era aquela maldita.... Angie.
     -Vocês estão presos. - Ela gritou, fazendo com que Jorge me empurrasse.
     -Martina, corra fuja, o mais rápido que puder.
     -Mas e você Jorge? - Eu disse gritando, a uns 5 metros de distância.
     -Eu resolvo isso, agora vá. - Eu saí correndo desesperada, até que um barulho me fez parar e olhar para trás, era um tiro, mas eu não podia voltar, e que Deus proteja Jorge, o amor da minha vida ....


          Um olhar triste e o pensamento distante . Apesar de querer muito sorrir , ela não conseguia … Aparentemente estava tudo bem , só que para onde quer que ela olhasse tudo estava a desabar . Suas mãos estavam trêmulas e sua respiração acelerada . Ela não queria pensar em mais nada , só que seus pensamentos possuíam vida própria … Por fora —apesar de todo o olhar— ela estava calma e por dentro —exatamente por todo o olhar— ela sufocava . Quieta e trêmula , isso a definia naquele momento . Dava para ver em seus olho e em seus gestos que ela queria chorar , mas era estranho o modo que ela bloqueava isso . Respirava fundo como se si acalmasse e olhava para cima como se pedisse ajuda . Não falava muito apesar de toda conversa ao seu redor , só mantinha o pensamento longe . Nada arrancava um sorriso de seu rosto , mas talvez se alguém a abraçasse arrancaria todas as lágrimas de seus olhos.


-Alô? Jorge? Essa é 40° ligação que eu estou fazendo para você, por que você não me atende? Espero que esteja tudo bem, te amo. – Martina falava baixinho olhando uma gota de chuva escorrer pelo vidro do avião, que estava prestes a fazer o pouco em São Paulo.
Martina fechou os olhos lentamente e logo ouviu um som sair do avião – “Senhores passageiros, desembarquem do avião, e aguardem suas bagagens na esteira”. – Martina levantou meio zonza e saiu cambaleando se segurando nas poltronas que pareciam estar soltas. Martina finalmente chegou até a porta do avião deu un leve passo e ficou por 15 segundos parada olhando o aeroporto inteiro, ela respirou fundo e deixou uma lágrima estreita banhar seu rosto cansado, ela deu o primeiro passo nos degraus, e viu tudo tudo escurecer, e em apenas um piscar de olhos, Martina perdeu sua consciencia.

POR MARTINA.
- Ao acordar, minhas vistas ainda estavam embaçdas, e cocei meus olhos, foi quando percebi que estava com a mão com dois tubos de soro em minhas veias, eu fiquei assustada, não sabia direito o que estava acontecendo, olhei ao meu redor e minha visão se fixou na janela do quarto, onde tinha um garoto de mais ou menos 20 anos, sim ele era lindo, mas quando desviei meu olhar para o lado e voltei para a janela, ele não estava mais lá.
-Martina? É isso? – Um moço me perguntou.
-Sim, é isso mesmo. – Eu disse olhando ele desesperado pelo quarto.
-Precisamos te levar para a sala de cirurgia urgente! – Ele disse alto.
-O que aconteceu ? – Eu perguntei.
-Você estava grávida não é mesmo?
-Quando ele me disse “Estava grávida”, eu senti tudo ao meu redor desmoronar, não podia ter acontecido aquilo, eu não podia ter perdido meu bebê...

POR JORGE.
2 Dias antes...
-Martina corra. – Eu disse empurrando Martina.
-Mas e você Jorge? – Ela disse algo parecido com isso, não consegui escutar por causa da distância que Martina estava.
-Vá corra, eu resolvo isso. – Eu gritei fazendo Martina sair correndo.
-Desgraçadoo. – Germán veio em minha direção me derrubando no chão e caindo por cima do meu corpo, logo o pai de Martina sem pensar duas vezes sacou uma arma que estava em sua cintura. – Eu vou te matarrr. – Germán rosnava como um lobo raivoso.
-Germán não faça nenhuma loucura. – Minha mãe gritou tentando impedir o pior, mas já era tarde, Germán havia disparado o tiro, mas felizmente eu consegui tirar a mão dele, e sair da mira do revolver.
Quando olhei para o lado, minha mãe caía no chão como uma boneca sem apoio, com os olhos arregalados ela olhou para o seu busto e viu o sangue lavar seu corpo completamente.
-Vagabundo. – Eu gritei. – A culpa é sua! – Germán me olhou como um maníaco e saiu correndo deixando a arma ao meu lado, e eu joguei a arma longe e fui socorrer minha mãe, eu sabia que ela estava errada, mas ela era minha mãe!
Alguns minutos haviam se passado e a chuva anunciava sua chegada com algumas cotículas de água que caíam sobre o meu rosto banhado em lágrima e muito sangue, foi quando a viatura d apolícia chegou anunciando a minha, isso mesmo a minha prisão, por ter matado minha mãe, eles não me deixaram explicar nada, apenas me colocaram na viatura e me levaram algemado...

-POR MARTINA...
-Como assim? Eu disse chorando. Meu filho? Eu perdi meu filho? Não pode ser!
-Não sabemos ainda Martina, mas tudo indica que sim, por isso iremos te levar para a sala de cirurgia.
-Mas não pode acontecer nada com essa criança, eu sou capaz de tudo para poder mantê-la viva! – Eu disse levantando da cama.
-Martina, por favor, continue deitada, se não algo pior pode acontecer. – O médico disse tentando me controlar.
-Não posso, não posso. – Eu disse desesperada, tentando me levantar mais uma vez.
Foi quando uma voz grossa e suave ao mesmo tempo soou atrás de mim, quando eu me virei, vi novamente aquele rosto, aquele olhar que me cercou por horas pela janela do quarto...

POR MERCEDES...
-Eu ainda estou muito abalada. – Mercedes disse deitada em um divã*.
-Mercedes, você precisa de um tratamento psicológico, isso não foi certo, você está transtornada! – Aquele cara, que eu nem lembrava mais o nome, me dizia com os olhos fixados em minha cabeça.
-Eu sei que eu preciso disso, mas é difícil, eu não posso confiar em qualquer pessoa, e se descobrirem que quem matou o Pablo foi eu?
-Mercedes, acho melhor você ir para a sua casa e amanhã você volta aqui para conversarmos novamente, tudo bem? – Ele disse me ajudando a levantar.
-Tudo bem. – Eu respondi balançando a cabeça. Eu saí sem olhar para trás, e fui correndo para a casa.
...
-Oi, acho que já encontrei a garota que matou o Pablo Espinosa, que foi encontrado morto em frente da própria casa. – Aquele cara misterioso dizia em seu NEXTEL, e logo saiu correndo atrás de Mercedes...


AUTOR: Gabriel de Souza Santos