50 Tons de Fugitivos - 2 Capítulo


NO CAPÍTULO ANTERIOR...

-Alô? Jorge? Essa é 40° ligação que eu estou fazendo para você, por que você não me atende? Espero que esteja tudo bem, te amo. – Martina falava baixinho olhando uma gota de chuva escorrer pelo vidro do avião, que estava prestes a fazer o pouco em São Paulo.
...
 -Como assim? Eu disse chorando. Meu filho? Eu perdi meu filho? Não pode ser!
...
 -Oi, acho que já encontrei a garota que matou o Pablo Espinosa, que foi encontrado morto em frente da própria casa. – Aquele cara misterioso dizia em seu NEXTEL, e logo saiu correndo atrás de Mercedes...





POR MARTINA

-Quem é você? – Eu fui logo perguntando, querendo saber o motivo da perseguição daquele garoto.
-Desculpa, ainda não tivemos tempo para conversar. – Ele me disse com a voz suave. – Sou Jeremyas, mas pode me chamar de Jeremy, eu trouxe você até aqui quando você caiu do avião.
-Como? Eu caí do avião? – Eu perguntei tentando lembrar o que havia acontecido horas atrás.
-Sim, você caiu do avião, antes de descer as escadas, e eu te trouxe até aqui, espero ter ajudado.
-Claro que você ajudou! – Eu disse abraçando Jeremy muito forte, sentindo o calor do corpo dele aquecendo meus braços gelados.
-Martina vamos, o tempo não espera ninguém precisamos ver se está tudo bem! – O médico me disse levando-me para a sala de cirurgia.
-Boa sorte Martina, estarei te esperando. – Jeremy gritou. Eu não sabia realmente quais eram as intenções dele, mas ele parecia estar preocupado comigo. Eu sai do quarto olhando os olhos dele que pareciam demonstrar grande preocupação.
-Eu ficarei bem. – Pensei comigo mesma.

-POR JORGE

-Aqui esta sua comida! – Um homem mal humorado jogou minha marmita na cela da prisão.
-Sopa, de novo? – Eu hesitei sem pensar nas consequências.
-Sim, qual o problema? Se não quiser pode deixar aí do lado que de madrugada os ratos come tudo isso aí, pelo menos eles gostam.
Sem pensar duas vezes me levantei do chão e corri para pegar aquela coisa gosmenta para comer.      De raiva comecei a chorar, ao me ver naquela situação, eu precisava fugir, e pra bem longe, onde não pudessem me encontrar, nunca mais.

-POR MERCEDES.

-Boa tarde, quantos que custa, para você me levar daqui até o centro de Buenos Aires? – Eu disse da janela do taxi.
-20 pesos*. – Ele disse firme com a voz rouca.
-OK, você pode me levar? – Eu disse colocando o cabelo atrás da orelha e enrolando as pontas que sobraram.
- Sim, entra aí. Qual o endereço?
-Rua Juan Pablo, número 382. – Eu disse olhando ao redor do carro, depois que entrei nele.
   Percebi alguns policiais correndo em direção ao taxi, mas não dei a mínima, nem me toquei que havia cometido um crime, matado Pablo, isso é, se ele tinha sido mesmo morto naquele dia...
ALGUNS DIAS ANTES...
-Pablo, eu quero falar com você, tem um minuto? - Eu disse aproximando-se da porta de Pablo.
-Pode falar Mercedes. - Ele disse colocando a mão direita no bolso de sua calça.
-Eu sei que fui uma idiota, por ter te julgado, mas eu queria te pedir desculpas por tudo e eu gostaria de ser sua amiga. - Jorge me olhou assustado, e um pouco curioso para saber o que escondia em minha mão atrás das costas. - Posso te dar um abraço? - Eu perguntei com um sorriso lindo.
       -Claro. - Jorge disse me abraçando. E logo os olhos dele, foram ficando arregalados, as pupilas dele se dilatou, e eu senti o sangue quente dele escorrer pelas minhas mãos, eu fiquei muito assustada, mas senti uma coisa maravilhosa se saciar dentro de mim, e logo saí correndo limpando minhas mãos e a faca que utilizei.

-O que eu faço agora meu Deus? – Eu disse pra mim mesma correndo desesperada.
-Tenho que fugir, pra bem longe, mas para onde eu vou? O que meus pais vão pensar. – Eu disse chorando passando as mãos ainda machadas de sangue em meu rosto. Meu celular toca.
-Oi pai!? – Eu disse demonstrando preocupação.
-Mercedes onde você está? – Ele disse gritando ao telefone;
-Já estou chegando, não se preocupe, em cinco minutos estou aí. – Eu disse desligando o celular, para que meu pai não dissesse mais nada.
-O que o que eu faço? – Eu me perguntei, ao me ver perdida, e sem saída diante de uma cidade que eu morei a tantos anos...

HOJE...
Mercedes::
-Pare o taxi, pare o taxi, os homens que estavam correndo disseram ao ver o taxista que ia me levar ao centro ligar o carro.
-O que houve? – Ele perguntou.
-Você está com uma criminosa! – Eles disseram apontando a arma para o meu rosto através da janela do motorista.

-POR GERMÁN.
-Boa noite, gostaria de reclamar sore a comida que trouxeram para eu comer. – Germán disse deitado com uma moça loira sobre seus braço, ele estava apenas de cueca e a moça vestia apenas um sutiã de bojo e uma calcinha de renda.
-Senhor Germán nos desculpe iremos trocar sua comida imediatamente.
-O que ela disse? – Melissa disse beijando minha boca.
-Ela me obedeceu, irá trocar a comida. Como sempre. – Eu disse rindo. Até quebateram na porta. – Deve ser eles com a comida. – Eu disse levantando da cama. Atendi a porta de cueca mesmo, aliás que mal aquilo ia fazer? Ao abrir a porta me deparei com três homens.
-Em que posso ajudar? – Perguntei, com dúvidas estampadas em meu rosto.
-O senhor se chama Germán? – Eles perguntaram.
-Sim, por quê? – Respondi com outra pergunta.
-Você está preso, eles disseram sacando uma arma, e apontando para mim.

(*Pesos - Moeda da Argentina)



AUTOR: Gabriel de Souza Santos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário