50 Tons de Violetta - Capítulo 12

Alguns dias se passaram, e eu já estava ficando exausta com aquela situação, eu não conseguia comer, estava sentindo meus ossos endurecerem, troquei algumas palavras com o moço que vivia lá me vigiando, mas nunca consegui nenhuma informação dele. Mas teve um dia que meu corpo não suportou, e eu passei muito mal, quase tive uma hemorragia interna, tiveram que me levar para o hospital do centro de Buenos Aires, eu me senti mal por horas, e em todo momento aquele homem ficava me olhando e fazendo ligações, até que uma hora ele teve que sair dali, e eu aproveitei e liguei para o Jorge...
-Amor? – Eu disse fraca.
-Martina? – Jorge deu um grito ao telefone que quase me ensurdeceu.
-Sim, amor, eu preciso falar rápido, estou no hospital de Buenos Aires no quarto 206 B,vem me buscar por favor. – Eu implorei desligando o telefone, sem saber se ao menos ele tinha anotado o número do quarto, mas estava confiante de que eu sairia daquele lugar para sempre;

-POR JORGE.
  Depois da ligação da Martina eu saí correndo de casa, sem rumo algum, deixei minha mãe falando sozinha e saí tropicando nos móveis da sala, eu tinha que encontrá-la, eu tinha que resgatá-la e lhe dar um quente e longo beijo;
  Ao chegar no hospital, pude perceber logo de cara um homem super estranho na entrada, mas não liguei, não podia fazer com que as aparências me enganassem, subi correndo as escadas do hospital para o corredor do quarto de Martina, abri lentamente a porta e disse seu nome ...
-Martina. – Quase sussurrei.
-Meu amor. – Ela disse correndo até mim.
-Você está bem? – Eu perguntei lhe dando um beijo;
-Sim, mas temos que sair antes que aquele homem volte. – Martina me disse desesperada.
-Que homem? – Eu lhe perguntei.
-Não posso falar agora, temos que sair rápido daqui;
   Eu e Martina saímos correndo do quarto, deixando a enfermeira assustada ao nos ver saindo daquele jeito, pois Martina não tinha nem se recuperado ainda; Quando passamos pela porta de saída do hospital, demos de cara com o homem que Martina me disse, e eu já tinha o visto antes de ter entrado, parecia que algo havia me avisado que era ele, então saímos de fininho, sem que ele percebesse a nossa presença, mas foi em vão, ele logo gritou:
-Ei garota volta aqui.
-Corre Martina corre. – Eu pedi a ela, enquanto eramos perseguidos.
-Jorge, ele vai nos matar. – EU pude sentir a voz de Martina sair desesperada de sua boca, junto com as lágrimas em seus olhos. Então tentei consolá-la dizendo que tínhamos que ficar juntos, pois nada nos aconteceria.
-Ela escapou, Martina escapou. – Eu consegui ouvir o homem gritar pelo seu NEXTEL.
-Martina ele está falando com alguém. – Eu gritei quase sem folego.
-Temos que saber quem é; - Martina disse soltando minha mão para secar as lágrimas que molhavam seu rosto intensamente.
-Não, posso fazer nada a filha é sua ...

-POR MARTINA.
  Ao ouvi-lo dizer “A filha é sua”, eu quase fiquei imune, mas Jorge me puxou, eu entrei em pânico em desespero, ao saber que meu pai foi quem armou tudo aquilo, eu senti o sabor da vingança vir aos meu lábios e voltar para o meu estomago, minha imaginação voou alto, e só voltei ao mundo real, onde, Jorge e eu corríamos, quando escorreguei e caí de barriga no chão, Jorge me levantou e perguntou se estava tudo bem, eu disse que sim, continuamos a correr, acho que não senti dor alguma, pois a maior dor que estava tomando conta de mim, era a do meu psicológico, do meu coração ...
  Fomos para a casa de Jorge, eu tomei um banho quando cheguei, eu senti fluir a sujeira do meu corpo pela água que ia direto para o ralo do banheiro, eu chorei, muito, não podia acreditar que meu comprou aquele vestido lindo apenas para eu ir pra festa e ele me sequestrar, eu não podia acreditei, achei estar vivendo um sonho louco, onde nunca poderia ser feliz com o amor da minha vida...

-POR JORGE
  Martina ficou pasma, ao ouvir aquele homem dizer aquelas palavras, acho que foi a maior decepção da vida dela, se não fosse por mim, Martina teria cometido uma loucura naquele dia ...


AUTOR: Gabriel de Souza Santos

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