50 Tons de Violetta - Capítulo 13

-POR JORGE

     A loucura que Martina quase cometerá foi chocante, tanto para mim, quanto para minha mãe que estava dormindo, eu achava que Martina estava tomando banho durante aqueles 30 minutos, mas eu havia me enganado, eu estranhei a demora dela no chuveiro, então subi até o segundo andar da minha casa e percebi que o chuveiro já estava desligado, e logo pensando no pior, eu corri para a porta do banheiro, e bati três vezes:

          -Martina? Você está bem? O que você está fazendo? - Eu perguntei desesperado;
          -Jorge me deixe em paz eu não quero falar com ninguém agora. - Martina disse com uma voz melancólica, como se estivesse chorando.
          -Martina, meu amor, não faça loucuras, por favor abra a porta. - Eu implorei, tentando impedir Martina de fazer algo que poderia resultar em algo ruim.
          -Jorge, eu não vejo mais motivos, de continuar vivendo, meu pai me odeia, ele quer acabar comigo.
          -Martina, pensa pelo lado positivo, eu te salvei, nós estamos juntos para o que der e vier.
          -Jorge, meu pai não nos quer junto. - Martina disse, e logo depois ouvi o barulho da janela abrir.
          -Martina o que você está fazendo? - Eu gritei loucamente.
          -Jorge, acabou, tudo o que vivemos acaba por aqui, se meu pai não me quer viva, eu não vou continuar. - Quando ela disse isso, pude ouvir ela se movimentar, então comecei a chocar meu corpo contra a porta tentando arrombá-la. - Martina não se mexa, não cometa loucuras. - Eu falei isso, mas Martina não respondeu nada, logo pensei no pior, e comecei a chutar a porta fazendo com que ela abrisse.

          -O que está acontecendo? - Minha mãe disse vindo correndo me ver.
          -Mãe a Martina ela se jogou da janela.
          -O que? - Minha mãe perguntou assustada enquanto eu entrava no banheiro, indo verificar a janela.
          -Ela se jogou, eu disse olhando para o chão. Mas quando eu me virei, lá estava Martina sentada noc anto do banheiro, olhando fixadamente para mim, com aqueles olhos grandes, que só ela tinha.
          -Martina, que bom que você está bem. - Eu disse desabafando.
          -Você pediu para eu não me mexer, então eu não me mexi. - Martina disse quase sussurrando.


-POR GERMAN

          -Você é um idiota. - Eu gritei ao telefone.
          -Mas senhor, a culpa não foi minha, a pirralha passou mal, e eu achei que ela estava dormindo.
          -Mas ela não estava, será que você não tem noção do que isso pode causar? - Eu perguntei muito nervoso.
          -Se sua filha descobri, está tudo acabado.
          -É óbvio que ela vai querer fugir, mas eu não vou deixar, moverei montanhas para impedi-los de fazer algo. -Eu gritei novamente;
          -Você vai pedir ajuda para a Angie?
          -Não sei, mas vou ter que tomar medidas corretas, para que nada de ruim aconteça. Eu só quero tirar aquele mauricinho pirralho do lado da minha filha. - Eu disse desligando o celular e dando um murro na parede da cozinha.

-POR MARTINA

          -Eu já estou bem. - Eu disse soluçando.
          -Tem certeza? - Jorge perguntou.
          -Tenho sim, só estou um pouco exausta, quero dormir.
          -Quer dormir comigo? - Jorge perguntou olhando em meus olhos.
          -Ahã. - Eu disse balançando a cabeça.
    Jorge e eu subimos até seu quarto, eu deitei do lado esquerdo da cama e ele do outro lado, ele colocou minha cabeça sobre o seu peito e começamos a conversar sobre tudo o que estava acontecendo, ele me pediu para ficar calma, e aguentar a barra, e não cometer loucura alguma, e que tudo iria se resolver depois de um tempo, eu não disse nada, apenas comecei a chorar, ele me abraçou, muito forte, e me deu um beijo na testa.
         -Vai ficar tudo bem. - Ele disse me confortando...


AUTOR: Gabriel de Souza Santos

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