50 Tons de Violetta - Capítulo 11


-POR JORGE
  Realmente a presença da minha mãe naquela festa me surpreendeu, eu fiquei muito confuso, até cheguei a imaginar que tudo não passava do fruto da minha imaginação, por causa do sumisso da Martina, quando chegamos em casa eu estava cheio de dúvidas, e com muita raiva, pois minha mãe estava viva, e eu fiquei anos morando sozinho, vivendo de heranças que eles me deixaram, quando ‘morreram’...
- Acho que a gente já pode conversar. – Eu disse dando início a uma conversa séria, e me esquecendo que Martina tinha desaparecido.
-Jorge, eu posso explicar tudo. – Minha mãe disse chorando, Angie era mestre nisso.
-Não precisa você chorar, nossa conversa ainda nem começou; - Eu disse, olhando fixamente em seus olhos.
-Jorge tudo aconteceu desta forma...
7 Anos antes ...
-Marcos, acho melhor você ir devagar. – Angie disse assustada, com a velocidade que Marcos estava.
-Calma Angie eu sei o que estou fazendo. – Marcos disse rindo de Angie, quando de repente ele desviou o olhar para ela, Marcos não ouviu nada, apenas o grito aterrorizante de Angie...
-Cuidado Marcos. – Angie viu o teto do carro rodar várias vezes sobre sua cabeça, dano início a um acidente aterrorizante e que provavelmente não deixara nenhum sobrevivente.

Algumas horas depois ...

-Levem-os para a sala de emergência o estado deles é grave. – Angie ouvia vozes e ruídos, ela tentou abrir o olho, mas só conseguia ver uma pequena imagem borrada, de várias pessoas ao seu redor, ela estava confusa, e logo desmaiou;

Um tempo depois ...
-Você quer dizer que Marcos morreu? – Angie disse chorando desesperada;
-Calma, o importante é que você está viva. – O doutor disse tentando acalmar Angie.
-Não, isso não é bom. – Angie gritou. – Eu preciso dele comigo, nós temos um filho, quem vai criar ele? Eu sozinha? Não. – Angie gritou tão alto que era possível ouvir sua voz pelos corredores do hospital.

HOJE...
-“Meu mundo naquele momento havia desabado Jorge, eu não sabia o que fazer, então decidi te abandonar, e te deixar com essa coisa na cabeça de que eu havia morrido, mas agora eu consegui o emprego de delgada, e quero passar minha vida com você, Jorge eu não fiz por mal, apenas não estava pronta para te encontrar e ver a face do seu pai em seu rosto”.
-Como vou saber que você não está mentindo? – Eu disse desconfiado.
-Porque eu sou sua mãe;
-Minha mãe? Que me deixou abandonado por 7 anos, que não ligou pra mim, não deu notícias, se passou por morta, e agora volta com essa cara de arrependida? – Eu disse gritando com ela.
-Jorge você tem que me entender, tudo isso foi fraqueza minha, eu estava muito abalada.
-Tão abalda que não pôde cuidar do seu filho de 10 anos? – Eu perguntei.
-Pra você é fácil dizer, quero ver você passar a dor que eu passei.
Eu não disse nada, apenas olhei fixamente para ela, e sai da sala arrasado  logo peguei meu celular e tentei ligar para Martina novamente, mas de novo só deu caixa postal...

-POR MARTINA.
  Eu acordei desnorteada procurando ar, e quando abri meus olhos, o mesmo homem qu estava no quarto, estava ao meu lado com um pedaço de algodão com álcool perto do meu nariz, eu tossi duas vezes, e logo percebi que não estava mais com um pano em minha boca.
-Por que você fez isso? – EU perguntei um pouco zonza.
-Martina não me faça perguntas difíceis. – Neste momento pude perceber a sensibilidade por trás daquele homem que parecia ser tão mau.
-Não é difícil responder isso, mandaram você me sequestrar? – Eu perguntei.
-Sim; - Ele me disse quase sussurrando.
-Por que? – Eu disse olhando para ele.
-Martina, não sei o porque, mas essa pessoa quer muito o seu bem, e você precisa escutar esa pessoa. – Ele disse levantando do chão.
-É o meu pai? – Eu perguntei surpreendida;
-Não, claro que não. – Ele saiu desesperado do quarto, me deixando novamente sozinha, eu fiquei confusa naquele momento, e jurei para mim mesma que iria descobrir tudo aquilo que estava acontecendo, e quem foi o grande autor de tamanha covardia...

Autor: Gabriel de Souza Santos

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