50 Tons de Violetta - Capítulo 10

Mercedes ficou por horas desesperada ligando sem para para Pablo naquela noite, vários convidados perguntaram a ela o que estava acontecendo, mas ela sempre respondia que estava tudo bem, até que a hora da dança chegou, lembro-me que ela veio desesperada me perguntar se Jorge poderia dançar com ela, e óbvio que eu não vi problema algum disso acontecer:
  - Quero chamar aqui um grande amigo meu para dançar comigo. – Mercedes disse olhando para mim, com os olhos cheios de lágrimas. Eu olhei para Jorge e lhe dei um leve empurrão fazendo com que ele fosse para a pista de dança ;
  Confesso que aquela foi a única vez que não vi Mercedes sorri, os dois dançaram lentamente por três minutos, o vestido de Mercedes balançava conforme ela se mexia, Jorge estava com muita vergonha, pois nunca teve aquela experiência em toda a sua vida, ele segurou Mercedes firmemente pela cintura, sentindo o corpo dela mole, eu consegui perceber isso, e depois de alguns segundos Mercedes desmaiou, todos os convidados foram rapidamente socorre-la, e depois daquilo, não vi mais nada, uma escuridão tomou conta da minha visão, eu só consegui escutar o barulho da música se afastando de mim, e algumas vozes falando bem perto do meu ouvido, e logo ouvi um carro ligando, eu gritava por ‘socorro’ a todo momento, foi aterrorizante tudo aquilo, você não poder ver o que está acontecendo com você mesma, e logo me jogaram no porta-mal do carro, eu fiquei sufocada por alguns minutos alí e logo desmaiei...

  Quando acordei, estava em uma casa escura e com um cheiro péssimo de lixo estragado, eu conseguia ouvir alguns passos andando pela casa, eu tentei gritar, mas foi em vão, eles me amordaçaram com um pano, de cor preta, que tinha um gosto horrível, eu não podia fazer nada, estava completamente amarrada, com algumas cordas, então comecei a chorar...
  -Oi querida. – Disse um homem entrando no quarto. – Você está chorando por quê? Te fizeram algo? – EU não respondi as perguntas dele, apenas virei o meu rosto e olhei para o chão.
  -É assim? Então você vai ficar aí até você aprender a se comportar direitinho. – Ele gritou bruscamente comigo, eu fiquei assustada de mais para poder chorar na frente dele novamente. Esperei ele sair e comecei a chorar como uma criança abandonada, naquele momento eu queria ver meu pai, sinceramente.

 - POR JORGE.
 Depois que Mercedes desmaiou, eu fui aonde Martina estava, mas ela não estava mais lá, eu fiquei desesperando tentando encontrá-la, não sei o que tinha acontecido, mas queria Martina de volta em meus braços, liguei para a casa dela, e quem atendeu foi o Germán:
  -Alô? – Ele atendeu, e com a voz de quem tinha acabado de acordar.
  -Senhor Germán? É o Jorge, a Martina está aí? – Eu perguntei.
  -Não, ela foi pra uma festa com o namorado dela. – Com certeza ele não tinha prestado a atenção quando eu disse: ‘é o Jorge’, mas tudo bem, agradeci e logo desliguei e minha procura por Martina se tornou ainda mais longa e se estendeu até o fim da madrugada.
  Eu liguei várias vezes para o celular dela, mas estava desligado, eu comecei a me desesperar ainda mais , foi quando ouvi uma voz me chamar por trás de mim.
  -Jorge? –A voz feminina me gritou por duas vezes.
  Virei-me para ver quem era, foi quando avistei minha mãe se aproximar de mim, me surpreendi que até fiquei sem ar para respirar.
   -Mãe? – Eu gritei assustado. Ela correu para me abraçar e eu retribuí o abraço, mesmo não querendo...

 -POR MARTINA.
  Eu estava exausta, minhas vistas estavam completamente embaçadas, minha boca acabara de adormecer, e eu não conseguia mover nem um músculo do meu corpo, a não ser os olhos, as lágrimas secaram dentro de mim, foi quando ouvi a voz do meu pai se aproximar do quarto, mas por fim desmaiei de tão fraca que estava, sem ter a certeza de que era ele mesmo...

2 comentários: