50 tons violetta - capitulo 8


Quando eu entrei na sala de aula, Jorge ficou me olhando com o olhar mais assustador e apreensivo que eu já tinha visto, eu me assentei na cadeira, e não saí de lá até a hora do intervalo, mas antes disso Mercedes me cutucou várias vezes para perguntar o que tinha acontecido comigo, eu apenas olhava e vazia um gesto com a mão explicando que falaria depois. Ele como sempre não entendia muito bem, tive que repetir duas vezes até que o professor também percebesse a chamasse minha atenção. Saímos para o intervalo e Jorge veio correndo para saber o que estava acontecendo comigo, ele me puxou pelo braço e fez com que nossos rosto se encontrassem,eu pude sentir a respiração quente e ofegante de Jorge, ele me pareceu um pouco cansado.
  -O que você tem meu amor? – Ele me perguntou, colocando minha mão em sua cintura.
  -Jorge sei que te prometi não fazer isso, mas cada vez se torna mais incontrolável não discutir com meu pai por sua causa. – Eu disse lembrando Jorge da promessa que lhe fiz quando começamos a namorar.
 -Martina, eu sei que é muito errado o que você está fazendo, mas se você não está se sentindo bem, porque insiste em tocar no meu nome perto dele? – Jorge disse acariciando meu rosto levemente com as duas mãos, em cada bochecha.
  -Não sie meu amor, mas é algo incontrolável, meu pau parece que injetou um chip e parece que a cada movimento que eu dou ele está me vigiando, de algum lugar, mas está.
  -Você tem um terço da culpa. – Ele me disse olhando fixadamente para mim.
  -Por quê? – Eu lhe perguntei muito assustada e surpreendida.
  -Você fica com essa imagem de durão do seu pai em sua mente, assim seu psicológico te impede de fazer certas coisas que você deveria ter feito.
  Você está falando isso porque eu não quis fazer aquilo com você. – Eu perguntei um pouco confusa.
  -Também. – Ele afirmou, mas também não é só por isso é por outras coisas também que você deixou de fazer comigo durante esses três meses de namoro.
  -Jorge me desculpa por não ter acreditado em mim, por ter me impedido das coisas que eu poderia ter feito, mas meu pai me assusta e eu tenho medo de que aconteça o pior.
  - O que pode acontecer Martina, me diz? – Jorge disse esquivando-se e cruzando os braços.
  -Sei lá, as coisas andam tão difíceis hoje em dia que fica difícil de acreditar que o nosso amor seja tão perfeito e duradouro assim.
  -Martina, se você não acreditar em nosso amor, quem vai acreditar. – Jorge disse levando meu rosto.
  -Eu não acredito. – Eu ouvi a voz da Mercedes atrás de mim.
  -O que foi Mercedes? – Eu perguntei um pouco assustada, achando que ela estava nos escutando.
  -Martina é o fim do mundo, ai meu Deus, a Terra vai virar pó hoje, eu não acredito que isso está acontecendo em minha vida; - Mercedes desabafou rapidamente.
  -O que aconteceu? Me fala? – Confesso que fiquei preocupada;
  -Minha festa, será um desastre total. – Ela disse resmungando.
  -Mas porquê? – EU perguntei segurando a mão de Jorge e arregalando meus olhos para ela;
  -O buffet acabou de me ligar e falou que não vai ter peito de peru para todo mundo. – Eu fiquei muito confusa com a resposta de Mercedes, ela era mestre em fazer tempestades no lugar de garoas.
  -Era só isso? – Jorge perguntou;
  -Só isso? –Resmungou Mercedes, como você se atreve a dizer ‘só isso’?, você não me ouviram não é mesmo? NÃO VAI TER PEITO DE PERU PARA TODO MUNDO. – Ela disse falando as silabas separadamente.
  -Mercedes calma vai tudo dar certo ok ? – Eu disse querendo eliminar logo Mercedes daquela situação.
  -Você promete? – Ela me perguntou fazendo um enorme bico.
  -Prometo. – EU disse lhe dando um leve sorriso.
  -Tá bom, ela disse saindo toda contente.
  -Sinceramente não entendo o que ela tem na cabeça; - Jorge disse debochando de Mercedes,
  -Ai Jorge coitada, ela tá tão feliz por estar fazendo a festa dela. – Eu disse sorrindo.
  -Mas ela sempre faz festas.
  -Como você sabe? – Eu lhe perguntei com um olhar desafiador.
  -Porque você me contou. – Ele me disse dando um leve aperto em minhas bochechas e logo me dando um beijo;

  Nesse dia meu pai havia ido me buscar na escola, eu me senti uma verdadeira ridícula no meio de todo mundo, confesso que fiquei super desconfortável, só aceitei a carona dele, pois Jorge me suplicou para fazer um esforço, no meio do caminho meu pai conversou comigo, aquele papo de sempre, mas eu fingi nem escutar, achava tudo aquilo uma chatísse, não sei por que ele insistia em falar constantemente no Jorge, eu tinha medo do que ele poderia fazer com o nosso relacionamento, minha vontade era de pular pela janela do carro e acabar com a minha vida, mas Jorge me fizera continuar tentando convencer o senhor ‘German’, de que o nosso relacionamento seria saudavel e construtivo;
  Quando chegamos em casa me deparei com uma grande surpresa, meu pai havia comprado o meu vestido para a festa da Mercedes que eu tanto lhe pedi, eu fiquei surpreendida com tudo aquilo, não pensei duas vezes antes de abraçá-lo e agradecê-lo pelo esforço que ele havia feito por mim, me senti um pouco interesseira naquela hora, mas não fazia mal, ele era meu pai mesmo...

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