Quando vi a minha princesa, caindo da escada. Um ódio imenso do Tomás surgiu em mim. E o nosso filho? Como esse cachorro pode ter feito isso com a garota que ele "ama"? Mas agora... isso já não importava mais. Tinha que ver como a Violetta e o meu filho estavam.
-Oque você fez? - disse correndo em direção à Violetta.
-Eu... eu... eu, não fiz nada.
-Deixa de ser mentiroso!
-Estou falando a verdade. Agora deixe-me ajudar. - ele falou se aproximando.
-Não! - disse impedindo-o. - Já ajudou bastante. - falei pegando-a em meus braços e ficando desesperado ao vê-la toda machucada.
-Oque aconteceu aqui? - Antônio falou preocupado ao ver o que tinha acontecido com Violetta.
-O Tomás a empurrou da escada. - respondi, olhando friamente para o Tomás e demonstrando todo o meu ódio pra ele.
-Eu não fiz nada! Eu juro!
-Mentira! Eu vi quando você a estava segurando e ela caiu.
-Tomás depois vamos ter uma conversa muito séria. - o Antônio falou olhando-o. - E León...
-Sim.
-Leve a Violetta para o hospital e em seguida para casa. Acho que é melhor resolver isso com Germán outra hora, em casa, para não causar mais confusões.
-Sim... já estou indo.
-Eu vou junto. - Tomás falou indo me acompanhou.
-Não Tomás. - Antônio o impediu antes de mim. - Vá para casa, você já fez muito por hoje.
Tomás assentiu e foi em direção para casa.
No hospital:
Estava nervoso, já fazia um pouco mais de meia hora que os médicos tinham levado a Violetta. Oque aconteceu? De repente, um médico vem em minha direção:
-León?
-Sou eu... - falei levantando-me rapidamente da cadeira, dando um pulo para falar a verdade. - Oque aconteceu?
-Bom, ela apenas teve alguns machucados leve... mas eu tenho uma pergunta: Ela estava grávida certo?
-Sim, oque aconteceu com o nosso filho?
-Acontece, que ela o perdeu.
-Ela já sabe?
-Não achei que seria melhor receber essa notícia do namorado.
-Entendo... posso vê-la?
-Sim, entre por favor.
-Obrigada. - falei entrando.
Entrei no quarto e fiquei imaginando a tamanha tristeza da Violetta ao saber tudo o que aconteceu. Sentei-me ao seu lado, fiquei acariciando os seus cabelos e depois de alguns minutos ela acordou:
-Oi. - falei com um sorriso pequeno, um pouco forçado por causa do nosso filho, mas realmente verdadeiro e aliviado por saber que ela estava bem. - Como tá se sentindo?
-Não muito bem... oque aconteceu? Por que tá com essa carinha?
-Que cara? Essa é a única que eu tenho.
-Você não me engana, eu te conheço. Por favor, fala. Sabe que pode confiar em mim...
-Tá, tem razão e você iria saber de qualquer jeito mesmo...
-Saber oquê?
-Amor, você perdeu o nosso filho...
-Sério? - ela falou com os olhos cheios de lágrimas.
-Sério. - disse abraçando-a.
Passei alguns minutos abraçado com ela chorando, até que delicadamente ela se soltou dos meus braços.
-Vamos pra casa?
-Não se você pode, mas pelo que o médico disse e também pelo que estou vendo. Sim.
-Pode ir lá perguntar?
-Sim. - respondi levantando-me da cadeira.
Perguntei ao médico e ele disse que sim. Eu e Violetta saímos do hospital e durante o caminho vi que ela estava muito pensativa e preocupada:
-Ei Pequena... o que houve?
-Eu apenas estou com uma dúvida que não quer calar.
-Qual?
-Como o Tomás soube que eu estava grávida e que nós iriamos fugir? - ela falou e eu fiquei alguns instantes em silêncio.
-Você tem razão... por favor, pega o celular.
-Toma... - ela falou indo me dar o celular.
-Não, por favor liga pra Angie e coloca no viva voz, porque eu tô dirigindo.
-É mesmo, esqueci... -ela disse em seguida fez exatamente o que pedi.
-------Ligação ON-------
-Angie?
-Oi León, onde você tá? Por que ainda não chegou?
-Eu tava no hospital, depois eu te conto. Mas eu tenho uma pergunta a fazer.
-Qual?
-O Tomás soube que a Violetta tava grávida e depois contou pro Germán certo?
-Sim, mas por que tá me perguntando se já sabe?
-É porque a única pessoa a qual contamos que a Violetta estava grávida e que iriamos fugir, foi a você Angie. - respondi e ela ficou calada, seu um suspiro e respondeu.
-Eu juro que eu não sei León. Você acha que eu seria capaz de fazer isso com você?
-Não sei, mas é muito suspeito.
-Por favor, acredita no que eu estou falando maninho...
-Mas Angie, tá muito óbvio, você também nos entregou naquele dia que você nos viu e... - ia continuar, mas a Violetta me interrompeu.
-E se ela estiver falando a verdade amor? O Tomás pode ter armado alguma coisa, ter armado algum plano.
-A Violetta tem razão León. Eu jamais seria capaz de fazer isso com vocês...
-Eh... tem razão. Desculpa.
-Angie... - chamou Violetta.
-Sim Vilu.
-Você pode procurar alguma coisa aí? Quem sabe não encontra algo suspeito?
-Boa ideia. Bem se me dão licença, vou procurar.
-Valeu mana.
-Não por isso, tenho que limpar minha barra com vocês mesmo né?! - ela falou. - Tchau.
-Tchau eu e Violetta respondemos ao mesmo tempo.
-------Ligação OFF------
Se passaram alguns minutos e já estávamos na casa da Violetta.
-Você quer que eu fique? - falei acariciando o rosto da Violetta.
-Não quero que você fique pra ver a minha briga com o meu pai.
-Então eu fico... - falei com um sorriso se formando em meu rosto.
-Você gosta de brigas entre pais e filhos?
-Não, mas se ele brigar com você eu te defendo! - disse com um sorriso maior, colocando a minha mão na cintura dela e puxando-a para mais perto de mim.
-Você não existe sabia? - ela falou com aquele sorriso dela que me deixa abobado.
-Claro que sei!
-Também sabe que é muito convencido?
-Chata!
-Você que é! - ela falou chegando mais perto de mim.
Nossos lábios se tocaram e nossas línguas travavam em movimentos ritmados e gostosos, o beijo foi calmo, demorado e intenso. Mas infelizmente (como tudo que é bom dura pouco), tivemos que nos separar por falta de ar.
-Tchau! - ela falou pegando a bolsa.
-Ei... - disse segurando o seu braço e sorrindo. - Eu te amo sabia?
-Fofo! Também te amo muito, porque você é perfeito pra mim!
-Linda! - disse me aproximando novamente e ganhando um selinho de despedida.
Por Violetta:
Juro que esse foi um dos piores dias da minha vida. Agora, além desse clima tenso entre o Tomás, o León e o Matias, e também entre eu e meu pai, eu perdi meu filho (que mesmo sendo inesperado, eu queria muito tê-lo), o Tomás tá armando mais coisas pra me deixar mal. E agora, eu sabia que a minha briga com meu pai ia piorar... mas por sorte, eu tenho o León. Que sei, que sempre vai estar ao meu lado pra me ajudar.
Saí do carro do León mais calma por causa dos beijos, segui em passos pequenos até a porta. Em seguida, a abri e no mesmo instante vi meu pai preocupado andando de um lado pro outro.
-Violetta! Onde você estava até agora?
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